Até o final desta semana a Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGCMU) irá concluir o processo de registro dos novos proprietários de bancas no Pop Center. Na última quinta-feira foram convocados dez suplentes que irão se instalar em vagas deixadas por lojistas que tiveram que deixar o local porque não eram permissionários dos pontos.

Todos os chamados pela prefeitura fazem parte do cadastro de reserva mantido pelo município. “Estamos chamando agora dez pessoas desta lista que irão apresentar sua documentação para que possam se instalar com suas lojas”, explica o secretário Jacques Reydams, da SGCMU. Todas as vagas que serão preenchidas agora serão para o comércio em geral, nenhuma para a praça de alimentação.

Com esta convocação atual, restarão apenas 30 candidatos a bancas na lista de espera original, formada em 2012. Por isso, a prefeitura já prepara um edital abrindo inscrições para candidatos que queiram compor a nova lista de espera. Conforme Reydams, os critérios ainda serão definidos, mas não devem se diferenciar muito dos atuais requisitos. “Basicamente significa que a pessoa precisa de um CNPJ, não deve possuir ficha criminal e não pode ter tido banca no local”, detalha.

Além do edital, outra ação que a fiscalização municipal prepara é o início de uma atualização no cadastro de todos os lojistas do Pop Center. O objetivo é avaliar a situação e verificar se não existem irregularidades, sobretudo sublocação de espaços.

Inaugurado em 2012, o Pop Center possui 502 bancas, mantidas permanentemente em uso por lojistas cadastrados pelo município. Na primeira lista de interessados - de onde saíram os ocupantes atuais - foram incluídas pouco mais de 600 pessoas a partir de um mapeamento de camelôs e vendedores ambulantes.

Movimento baixo, custo alto
Se em termos de mercadorias a variedade é grande dentro do Pop Center, indo de vestuário a artigos de caça e pesca, o mesmo não se pode dizer da opinião dos comerciantes, que é bastante homogênea. A reclamação quase exclusiva de todos diz respeito ao custo para manter as bancas. Para eles, a vida dos novos comerciantes chamados agora pela prefeitura não será fácil.

De acordo com a gerente do centro comercial, Adriana Nunes, cada metro quadrado ocupado custa R$ 35,42 cobrados semanalmente (R$ 141,68 ao mês). Mas não é só isso. Existe ainda o que é chamado de rateio. O valor é referente ao custo total de manutenção da estrutura, dividido proporcionalmente entre todos os permissionários. Para se ter uma ideia, uma banca pequena, de quatro metros quadrados, paga mensalmente R$ 566,72 de aluguel, além do rateio (em média R$ 170,00).

Trabalhando há pouco mais de um ano e meio em uma pequena loja de eletrônicos, Washington Rodales, 25, diz que o valor pago mensalmente é muito alto. O ponto em que atua é um dos menores do Pop Center. Mesmo assim, são pelo menos R$ 736 gastos por mês com aluguel e rateio.

Permissionário desde a abertura do Pop Center, Michel Alves, 31, concorda e diz que, para agravar a situação, a queda nas vendas chega a 40% em comparação ao ano passado, sem indícios de recuperação. “Enquanto isso os boletos continuam chegando. E bem caros. Qualquer dia desses vai ser mais negócio eu voltar a vender nas esquinas”, diz o comerciante, que até 2012 trabalhava nas ruas do Centro.

Mercado Central também abre vagas
Após lançar um edital em março e poucos dias depois revogá-lo, a prefeitura deverá encaminhar em breve nova concorrência para bancas no Mercado Central. Serão oito pontos no total, sendo um deles para a instalação de um açougue e os sete demais para comércio, desde que se enquadre nas seguintes áreas: artesanato, suvenir, correaria, especiarias, produtos coloniais, congelados, doces e chocolates artesanais, camping e tabacaria. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Fernando Estima, projeta que em até duas semanas o edital deverá estar publicado. Atualmente o Mercado tem 68 das 77 bancas ocupadas.